Recentemente o mundo testemunhou mais um ato de racismo que indignou cidadãos de inúmeros países e culturas diferentes, mas iguais num mesmo sentimento – de solidariedade. Após a morte de George Floyd em Minneapolis, nos Estados Unidos o sentimento de revolta levou muitas pessoas às ruas, mobilizados em protesto contra um sistema segregacionista e preconceituoso que permeia a sociedade por todo o mundo.

Ao mesmo tempo em que o mundo ainda sentia os efeitos da morte de Floyd, as manifestações de solidariedade e pedido de mudanças ganhou forças, inclusive no Brasil, que vivencia constantemente casos de violência, principalmente, contra crianças e jovens negros, como a morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, no dia 14 de junho do corrente ano.

O Instituto Latino-Americano de Educação para a Segurança (ILAES) repudia todo e qualquer ato discriminatório e lembra que racismo é crime e nos empobrece como seres humanos e sociedade. Combater o racismo não é somente responsabilidade dos antirracistas, mas de toda a sociedade.

Para o ILAES é importante enfrentar a naturalização de pensamentos, falas, ações, hábitos e situações que fazem parte do cotidiano e da vida em sociedade. A discriminação racial afeta em todos os aspectos a população negra, seja na educação, no trabalho, na saúde, na cultura e na segurança. Compreender e encarar os efeitos do racismo como um fenômeno transversal que atinge violentamente a população negra, criminalizando jovens, mulheres e homens, é fundamental para a promoção de ações de enfrentamento e garantia dos direitos fundamentais.

É imprescindível desenvolver e implementar políticas públicas que promovam a equidade racial em todos os sentidos, fortalecendo as medidas de fiscalização e a efetiva aplicação das leis contra o racismo e injúria racial, bem como incentivando ações de promoção da igualdade racial.

Somente com a união é possível lutar para a conquista e manutenção dos direitos. É dever do Estado e da sociedade zelar pela dignidade da pessoa como humana não por sua cor ou outras características físicas, só assim poderemos falar e viver em uma democracia justa e igualitária.

Só há democracia sem racismo.